Sem muitos rodeios
Queixamos-nos muitas vezes de pessoas ou fatos que nos abalam...praguejamos, esperneamos e no calor dos sentimentos não nos perguntamos o por quê disso tudo. Será que erramos ao julgar? será que erramos ao dizer palavras que pudessem ferir alguém? Será que não fomos nós que iniciamos uma discussão, peleja, mal entendido? É tão fácil jogar a culpa em outra pessoa das nossas dores, mas admitir que “ pisamos na bola “ é pra poucos...
Nem sempre ir direto ao assunto sem medir as palavras é a solução, não que eu ache que não devemos expor nossas mágoas e rancores, penso que há formas leves de se expressar ...há palavras e palavras...jeitos e formas....ser delicado para com o outro não significa que concordamos, significa que temos suavidade com as palavras e firmeza de decisões.
“Há uma fadiga crônica daquele que se entrega sem muitos rodeios.
Gente que vai direto ao assunto, que sabe o que come do cardápio, que já se decidiu se bebe ou fica na água mineral.
Gente que já sabe se é Bossa Nova ou Sertanejo. Em resumo, gente que não enrola, não rodopia em volta do assunto falido e nem da atitude falha.
Pra essa gente, não vale mais ou menos. Tempos mornos acomodam. Gente politicamente correta soa falso. Afinal, todos têm algum desvio de comportamento por alguma razão que fira algum valor aprendido.
Se estiver muito cansado, repense o seu entorno. Ainda que o entorno não esteja fisicamente presente.
Porque gente que fadiga os outros não tem fronteiras nem passaporte. Cabe ao exaurido a função de deixar claros e esclarecidos os limites da fronteira. Caso contrário, puro cansaço.”
Cláudia Dornelles
beijos e carinho, bell