psiuu...
bom dia!
que seja doce...
Em busca de uma vida bacana eu já fiz tanta coisa...
Filosofei, acreditei em duendes, fadas, na safada da cigana que me assegurou um futuro brilhante. Apostei nas figas, dedos cruzados, caminhar desviando das escadas.
Acordei convicta de que o pé direito tocando no chão iria trazer um dia feliz.
Tomei banhos de ervas, fiz yoga, meditação, orei para uma lista interminável de homens com aureolas douradas, fiz análise.
Ainda fiz outras bizarrices impublicáveis, tamanho era o desejo de uma vida com satisfação absoluta.
Tudo era uma mentira parcial. Era invenção dos meus sonhos, com absoluta vontade de acontecer.
Agora reclamo e devoro as falhas miseráveis do meu cérebro.
Faço conchavos com minha alma e exijo que a mesma não durma no ponto. Sem mais arrepios involuntários, sem sangue, suor, lágrimas, patuás,promessas, novenas. Sem viola no saco para esperar a canção.
Faço a vida ora bonita, ora sacana. Azar ou sorte, mas a brincadeira fica bonita e tudo corre normal.
Sosseguei os batimentos cardíacos tomando café, rabiscando textos, teimando com minhas alucinações de felicidade, batendo na tecla da coragem, insistindo no amor e olhando a saudade pelo retrovisor.
Variei a posição.
Deixei de esperar e passei a viajar de primeira no planeta ciente da possibilidade de topar por ai com um futuro normal e plenamente bonito, mesmo sem o estrelismo do Oscar e as palmas da premiação.
Isso já é revolucionário e com os costumeiros improvisos tem tudo para dar certo.
Ita Portugal
beijos e carinho, bell
https://www.youtube.com/watch?v=w4ldfmoMoZk
"De que serve ter o mapa se o fim está traçado
De que serve a terra à vista se o barco está parado
De que serve ter a chave se a porta está aberta
Aquele era o tempo em que as mãos se fechavam
De que servem as palavras se a casa está deserta
E nas noites brilhantes as palavras voavam
Marinheiros perdidos em portos distantes
E eu via que o céu me nascia dos dedos
E a Ursa Maior eram ferros acessos
Em bares escondidos em sonhos gigantes
Quem me salva desta espada
E a cidade vazia da cor do asfalto
E alguém me pedia que cantasse mais alto
Quem me leva os meus fantasmas
Quem me diz onde é a estrada
Aquele era o tempo em que as sombras se abriam
Quem me leva os meus fantasmas
Quem me leva os meus fantasmas
Quem me salva desta espada
E me diz onde é a estrada
Em que homens negavam o que outros erguiam
E alguém me gritava com voz de profeta
Eu bebia da vida em goles pequenos
Tropeçava no riso abraçava venenos
De costas voltadas não se vê o futuro
Nem o rumo da bala nem a falha no muro
Que o caminho se faz entre o alvo e a seta"