me encantam pessoas que diante de uma adversidade-tristeza conseguem nos irradiar luz de esperança e amor.
essas pessoas especiais que agregam amor, esperança, fé, carinho e doçuras a nossa vida e que nos fazem sentir como fortalezas, mesmo quando o mundo parece desabar.
gente com G maiúsculo, que fazem toda diferença nesse mundo...gente que sabe acarinhar
conto uma história real vivida pelo escritor Franz Kafka, que era considerado por todos de sua época uma pessoa esquizoide, depressivo e anoréxico nervoso, coloco esse comentário somente para ilustrar que, não importa os problemas psicológicos que temos, não importa nossa cultura....o que realmente importa é nossa essência....
“Tudo que você ama, você eventualmente perderá, mas, no fim, o amor retornará em uma forma diferente”.
No ano de 1963, Kafka passeava pelo parque Steglitz em Berlim, quando deparou-se com uma garota que chorava sem cessar por sua boneca perdida...
Ela chorava em pé, desconsolada, tão angustiada que parecia trazer no rosto toda a dor e aflição do mundo.Franz Kafka olhou para um lado e para outo.
Ninguém notava a menina.
Estava sozinha.
Não sabia o que fazer...
"As crianças eram um completo mistério, seres de alta periculosidade, um conjunto de risadas e lágrimas alternadas, nervos e energia à flor da pele, perguntas sem fim e exaustão absoluta."
Kafka ofereceu ajuda para procurar pela boneca e combinou um encontro com a menina no dia seguinte no mesmo lugar. Incapaz de encontrar a boneca, ele escreveu uma carta como se fosse a boneca e leu para a garotinha quando se encontraram.
“Por favor, não se lamente por mim, parti numa viagem para ver o mundo...
escreverei para você sobre minhas aventuras...”
no livro Kafka e a Boneca Viajante, de autoria de Jordi Sierra i Fabra e com ilustrações de Pep Montserrat, que foi vencedor do Prêmio Nacional de Literatura Infantil e Juvenil do Ministério da Cultura da Espanha em 2007 a autora conta-nos essa história cheia de encantos e de doçuras...a menina Elsi perde sua boneca Brígida e o escritor presenciando o choro da criança, percebe o quanto a boneca lhe é importante. Assim, se transforma num carteiro de bonecas, que a cada dois dias entrega à pequena uma carta da boneca que está viajando ao redor do mundo.
As cartas de Brígida são cobertas de sentimentos, escritas não apenas para consolar Elsi, mas também para ensiná-la a lidar com a vida em geral.
Um trecho do livro:
“… quanto a mim, seria incapaz de matar um leão ou um elefante. Totalmente incapaz. Para que destruir uma vida? Esses animais selvagens são tão lindos, Elsi. Tão lindos e nobres em sua liberdade. A natureza é tão pródiga com seus filhos. Às vezes percebo que o mundo é o lugar mais bonito que existe, e vejo a imensa sorte que temos de viver nele…”
Quando ele e a garotinha se encontravam ele lia essas cartas compostas cuidadosamente com as aventuras imaginadas da amada boneca. A garotinha se confortava. Quando os encontros chegaram ao fim, Kafka presenteou a menina com uma boneca. Ela era obviamente diferente da boneca original. Uma carta anexa explicava:
“minhas viagens me transformaram…”.
Muitos anos depois, a garota agora crescida, encontrou uma carta enfiada numa abertura escondida da querida boneca substituta.
Em resumo, dizia:
“Tudo que você ama, você eventualmente perderá, mas, no fim, o amor retornará em uma forma diferente”.
beijos e carinho, bell