que atire a primeira pedra no meu telhado de vidro, aquele que realmente se “ mostra “ nas primeiras impressões à alguém
imagina a cena: vc conhece alguém e vai dizendo: oi, sou fulana, uma doida, sonhadora, tenho tpm brava, dias estou bem...em outros nem tanto, hoje penso assim...mas posso mudar amanhã. Já imaginou? e se prepara para ficar falando sozinha
não que logo de início, em qualquer tipo de relacionamento, a gente se “disfarce”, mas evitamos de falar coisas sem noção (nos auto vigiamos) pra não dar a oportunidade do outro sair correndo.
Pessoas tidas “normais” camuflam suas preferências, seus gestos, sotaque, mania de dizer palavrões, e principalmente seu passado
seria hipocrisia de nossa parte ir logo dizendo: seja você mesmo, se exponha que me exponho...
não queremos estar vulnerável frente ao outro, não queremos sequer imaginar o que aconteceria se soubessem um de nossos pontos fracos.
Infelizmente, tem pessoas que não se importam em machucar as outras se isso estiver diretamente ligado com seu próprio prazer... tenho fobia à egoísmo... qualquer um que só preocupa consigo, está fadado a uma vida inteira de solidão não tem pior castigo.
A questão por trás desse comentário todo, é que se você procura alguém pra não contar nenhuma de suas histórias, é porque não se orgulha delas... e, principalmente, da pessoa que elas te tornaram.
Cada erro, cada tropeço, cada vacilo, cada escolha impensada, precipitada que tivemos, talvez, não tenha sido de fato por algum motivo divino mas nos ajudaram a ser quem somos hoje
Tenha orgulho disso, de si mesma!
Arrisco a dizer agradeça por isso.
nossa coleção de tapas na cara, de asas cortadas, de corações partidos e de ‘nãos’ ouvidos, faz mais do que termos histórias pra contar...faz termos experiências pra dividir
e viver, seguramente, é ir dividindo sentimentos, experiências, expectativas
precisamos aprender a enxergar que é através do erro... do mal feito...do desfeito e bem feito, que vamos aprendendo e mudando isso ou aquilo em nós...é da contradição das palavras, do desacordo dos corpos...
acredito na evolução de duas pessoas dispostas, não opostas... “ Dispostas “.
Não é escondendo o passado que nos tornaremos melhor, nem encobrindo nossas piores gafes ou omitindo nossos verdadeiros sonhos
vivemos, bem ou mal... e a vida com sua evolução, nos fez ser o que somos: seres humanos completos, nem sempre certos, nem sempre errados, mas em evolução...
não precisamos da autoafirmação das palavras dos outros, não precisamos de parabéns vindo de estranhos e de reconhecimentos regado à inveja.
nos sentir satisfeitos conosco, é a superação da alma contra à vida...contra todo contratempo, é quando vemos que vencemos, que estamos no caminho certo.
procure sempre alguém que ria com você, e dos seus momentos mais constrangedores, alguém que surpreenda-se com sua coragem, que motive-se com seus medos superados.
Alguém que vai ouvir de forma compreensiva e, não, julgadora, todas as desventuras que até Deus duvida que tenha passado.
Procure alguém que esteja ciente de suas melhorias e que saiba, acima de tudo, que não vai ser a sua metade; você não precisa.
um dia você encontrará alguém que rirá das suas historiazinhas
que mesmo sem contar todos os detalhes, te ouvirá e procurará entender
encontrará uma pessoa que te conhecerá melhor do que si mesma, e que não espera de vc contos de heróis e princesas...
não esperará de você posturas imaculadas e gestos honráveis..
a pessoa que apreciará estar com você de verdade, que rirá das suas histórias e das suas perturbações, que além de ouvir, vai querer partilhar e participar, essa pessoa vai estar lá...nos dias de sol, de chuva e nublados...vai estar lá.
não se vive de aparências, de historias, de muito ou pouco dinheiro...vive-se e encanta-se pelo conteúdo..
“ o conjunto da obra “ é fundamental em um ser humano
o tempo é um grande aliado, mas a sinceridade, ela sim, é o pilar de uma relação, relação humana, relação de amizade ou relação de amor
e a gente entende isso, quando encontramos uma pessoa, a quem contamos todas nossas historias, sem precisar esconder que entre “era uma vez” e “o fim” , houveram acontecimentos que nos marcaram ou não...
e a pessoa “ fica “, permanece....
beijos e carinho, bell