psiuu...
bom dia!
que seja doce...
o Rio está literalmente sob 40 graus...
"Dois corações venceram o dia em que o Rio parou debaixo dos tiros e hoje batem no peito de dois sobreviventes do caos: um lado da realidade. Outros dois corações jovens paparam de bater devido aos tiros: outro lado da realidade.
Enquanto num lado da cidade uma mãe enterrava seu filho de treze anos, baleado enquanto jogava futebol (ele sonhava em ser ator e pastor - todos possuem sonhos), noutro e nesse mesmo momento a ambulância chegava ao hospital levando um outro menino, de quatro anos, em estado grave, baleado enquanto caminhava à Igreja junto de seus pais – ele também não resistiu e mais uma mãe enterrou seu filho. Duas mães em desespero de um lado e outras duas de joelhos dobrados pela gratidão, noutro.
A cidade cartão-postal do Brasil, está sendo o retrato do caos, numa guerra para medir forças que não tornam ninguém exemplo, nem tampouco mártir, mas que intimida, envergonha e rouba o direito de liberdade de ir e vir, de expressão e de ação.
Não penso em ecoar um protesto. Proponho uma reflexão: a dor de inocentes que perdem suas vidas precisa ser sentida por todos nós. Longe de fazer uma alusão à depressão ou à revolta – peço humildemente que a consciência coletiva seja o reflexo coerente entre os princípios que nos regem e o que notícias como essas representam. Um coração precisou sobrevoar a guerra para chegar a uma adolescente que lutava pela vida, numa corrida contra o tempo que reuniu ar, terra, carros, aviões e helicópteros, médicos, hospitais, a vida e a morte. Mães enterram seus filhos todos os dias. O que mais precisamos ver para unir nossas mãos e nossas ações pela Paz?
Temos ido às ruas, temos batido panelas, temos feito greve, temos gritado palavras de ordem, força e liberdade. Só não temos feito o que é certo: não fugir à luta. E, não fugir à luta significa exercer a cidadania através da mão estendida àquele que necessita, ao diálogo aberto para com cada tribo, cada crença, cada classe e cada comunidade na tentativa da escuta atenta daquilo que pode vencer o medo, a injustiça e a dor. É urgente deixar o nível da teoria política e passar para o comprometimento social e isso se faz sendo, fazendo e exercendo o respeito ao outro, qualquer outro.
O Rio de Janeiro está sendo o espelho do grito de socorro de uma nação que se sente abandonada à própria sorte. Me parece urgente ressignificar o conceito de legalidade – o som dos tiros está escrevendo esse pedido e nossos dirigentes parecem ter desaprendido a ler. É urgente alfabetizar a política para a realidade das ruas, nelas estão a dor e a esperança de um povo."
Lu Rossi - alma no varal
beijos e carinho, bell
https://www.youtube.com/watch?v=jtLPSQZ25rw
a violência não está só no Rio de Janeiro, está em São Paulo, em Roraima, no Brasil inteiro
estamos entregues à mãos inaptas e corruptas de políticos incapacitados...
hora de nós, os verdadeiros Brasileiros, lembrarmos disso nas urnas