Desde criança me fascinam os vagalumes... nas noites escuras lá no sítio do meu avô eu passava horas correndo atrás deles, prá mim eram seres mágicos, encantados, fantasiava e acreditava que eram fadinhas brincando.
Meus olhos deslumbrados brilhavam com a alegria do meu coração.
Mas um dia eu consegui pegar um nas minhas mãos..eu não podia acreditar, e com decepção vi que era somente um inseto brilhoso. Fiquei um bom tempo olhando, abri as mãos e o deixei voar. Ele não era a fada como pensei, era um inseto.
Acho que o mesmo acontece com algumas pessoas que “ idealizamos”
De longe parecem radiantes, perfeitas, mas quando enxergamos com a alma e não com olhos fantasiosos descobrimos seus desencantos. Gostamos de idealizar pessoas, fazê-las ser ou se adequar ao que sonhamos.
De longe, e idealizando, parecem perfeitas...bem de perto descobrimos seus desencantos. Porque é de perto que conhecemos os detalhes, os defeitos... somente de perto sabemos quem é quem...e algumas pessoas nos fazem perder a magia.
A pessoa continua a brilhar, a ser ela mesma, mas nos desencantamos...falha nossa por idealizarmos, por fantasiarmos comportamentos que nunca existiram.
O vaga-lume continua voando belamente pela noite a iluminar. Ele ainda tem suas qualidades e encantamento, permanece o mesmo, o que muda é que descobrimos como ele realmente é agora.
Nossos olhos não devem perder o apreço pelas pessoas que estão próximas. Elas permanecem ali, iluminando nossas vidas... o que realmente devemos é deixar de idealizar e fantasiar comportamentos nas pessoas...devemos aprender a enxergar o outro e não idealizar o outro.
beijos e carinho, bell