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Viver do passado é cultivar espinhos,
é sofrer dobrado, é não enterrar os mortos,
viver em luto permanente,
morrendo também um pouco a cada dia,
é andar por caminhos tortos.
Viver de recordações, sejam alegres ou tristes,
é olhar para o jardim e ver as flores murchas,
clamando por água e cuidados, e nada fazer,
é um descuidar-se da vida, um suicídio lento,
que leva ao desamor e a auto-piedade,
forma horrível de se menosprezar,
um jeito de não se amar...
Viver de sonhos desfeitos e arrumar culpados,
é uma forma de escapar
das nossas responsabilidades,
se esconder nas fraquezas,
se perder no medo,
medo de vencer,
medo de conquistar e perceber,
que em cada um de nós,
existem forças maiores,
luzes que nos transformam
de vencidos em vencedores.
A vida é um risco constante,
nada é certo ou calculado,
quando assumimos o risco de viver, de lutar,
de amar de novo,
estamos sujeitos ao fracasso, ao erro,
e sempre que algo dá errado, é a vida mostrando;
que não planejamos,
que acreditamos demais,
que fechamos os olhos para a verdade,
que esquecemos de valorizar alguma coisa,
e quase sempre, o que esquecemos,
o que deixamos de levar em conta,
é o mais importante, nós mesmos.
Valorize-se e viva com intensidade.