"A oração, às vezes, espera como um pedinte às portas de um palácio, até que o Rei se manifesta para conceder o pedido. O Senhor tem sido conhecido como Aquele que prova uma grande fé por meio de longas demoras. Ele tem permitido que a voz de seus servos ecoem em seus próprios ouvidos, como se ela estivesse retornando de um céu de bronze. Eles batem na porta de ouro; ela, porém, permanece imóvel, como se as suas dobradiças estivessem enferrujadas. Como Jeremias, eles têm clamado: "De nuvens te encobriste para que não passe a nossa oração" (Lamentações 3.44). Os verdadeiros santos têm permanecidos continuamente em paciente espera, sem obterem resposta. Isso não acontece porque as orações de tais santos não eram intensas ou porque eles não foram aceitos diante de Deus. A demora agradou Aquele que é soberano e responde de conformidade com seu próprio beneplácito. Se Lhe agrada exercitar nossa paciência, Deus agirá como Ele mesmo quiser em favor dos seus. Os pedintes não podem ser pessoas que escolhem o tempo, a maneira ou a forma de receberem seus pedidos. Precisamos ter o cuidado para não entendermos as demoras como indicação de resposta negativa às nossas orações. Não devemos permitir que Satanás abale nossa confiança no Deus da verdade, ao referir-se às nossas orações não-respondidas. Súplicas não-respondidas não constituem orações não-ouvidas. Existe um registro na corte celestial onde cada oração é anotada. O Senhor tem um odre onde as dolorosas lágrimas resultantes de sagrada aflição são guardadas e um livro no qual são enumeradas as lamentações sagradas (ver Salmos 56.8). Você prevalecerá. Contente-se em esperar um pouco mais. O tempo de seu Senhor será melhor do que o seu próprio. Ele responderá sua oração e lhe fará jogar fora as cinzas e o cilício do esperar demoradamente."
(C.H. Spurgeon)

     https://youtu.be/dRv0FzrrY8w