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Katılım: 08.07.2008
A PAZ é a recompensa de seguir seu coração.
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6 saat önce

Quando o tempo é pequeno diante de tanto amor...


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Para o enamorado o tempo é uma abstração cruel e irregular. 
Corre quando o ser amado se aproxima e para quando ele se afasta. 
A ansiedade é a linha a costurar o tempo nestas nesgas que são a despedida e o reencontro. 
Este é, portanto, um terceiro andamento do tempo: a ruptura. 
O momento em que se perde o outro de vista ou o que ele ainda não apontou mas está quase. 
Somos, todos os que amam, dolorosamente flechados pelos ponteiros do relógio.
O peito do apaixonado, nisto, guarda ainda alguma ingênua ignorância. 
O amor, ao que parece, é atemporal e descontínuo e, ainda assim, sólido em sua imaterialidade. 
Sim, estou a dizer incoerências, estou falando de amor. 
Tentarei trazer para o mundo pragmático dos relacionamentos mas deixando claro que o amor pode prescindir deste e permanecer intacto em nossos corações e mentes muitos anos depois de termos perdido de vista o ser amado. 
O amor não é pragmático.
São tantos os afazeres da vida moderna. Tanta coisa pra aprender, pra saber, pra esquecer. Tantos manuais de novos equipamentos, novas etiquetas de relacionamento, novos padrões de comportamento e, nós, em meio a tanta coisa por fazer ainda cismamos de escolher alguém com quem queremos passar a maior parte do tempo que o prosaico da vida não nos rouba. 
E depois de encontrarmos alguém que merece todo o nosso tempo livre, ainda cismamos de, em parceria com esta pessoa, fazer outra pessoa. E mais outra, quem sabe? 
Amantes gostam de fazer pessoas para amar. E só eles deveriam fazer.
Como lidar? 
Saímos cedo para trabalhar e depois queremos passar na academia, ou visitar um parente, ou fazer um happy-hour ou aquele curso especial. 
A outra pessoa lá, e a saudade dela palpitando, apitando a sirene. 
Sim, temos que ter prioridades mas também não podemos ir ao encontro de um amor como quem vai, envenenado, em busca do antídoto. 
Esta é, segundo Chris Brown, a receita do sexo oral. O que não deixa de ser uma expressão de afeto. 
Bom, deixa pra lá. 
Voltemos ao amor e sua (a) temporalidade. 
Temos que estar inteiros, temos que estar bem dispostos, temos que sanar todas as outras carências que não sejam daquela pessoa onde quer que elas se curem. 
Mas quem não deixa tudo de lado um tempo para ficar só no xodó e em busca de intimidade?
Não sei como equacionar isto. 
Será que alguém sabe? 
Levar seu amor aonde quer que você vá ou ir com ele pra tudo quanto é lugar acaba sendo uma opção comum ainda que desgastante.
Temos que aprender a deixar o melhor para o amor, e não para o fim. 
Sendo mais claro: não podemos chegar perto de quem amamos irritados, cansados, esgotados sempre. 
E nem fazer com que ele seja uma paisagem simbiótica. 
Sei lá como.
Léo Jaime
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